Invisíveis

 


O clima de violência 
Faz a fuga do menino
A sempre severa família
Desconhece seu destino

Passa fome... Passa frio
É amarga a solidão
No cenário só um rosto
Quer lugar na multidão

A calçada é sua cama
As estrelas um telhado
Travesseiro não existe
Para o coração maltratado

Quando se vive na rua
É comum ser ignorado
Por muitos se é visto
Por ninguém enxergado

Para sobreviver
Vende balas no sinal
Janelas que se fecham
Passar fome é natural

Um dia contudo
Um anjo aparece
Com olhar bondoso
Ajuda oferece

O menino maltrapilho
Recebe abrigo e proteção
O mais importante porém
A oferta de educação

O menino cresce
E se torna bem feliz
O seu anjo de bondade
É tudo que sempre quis

É hoje simples lembrança 
Aquele viver sozinho
Lhe chegou a grande luz
E acertou o seu caminho


(Escritora Aline Brandt - Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais N° 9610/98)


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