Cheirinho de café recém-passado

    Fui uma criança de muita sorte... Minha família não tinha posses. Mas convivi com pessoas que apreciavam a boa leitura. E, por este motivo, cresci sabendo que nos livros encontramos muito mais do que letras e gravuras...
    Aprendi, desde muito pequena, que, através dos livros, podemos conhecer lugares magníficos... Que não é preciso sair de casa para "viajar" pelo mundo todo e, também, por diferentes épocas. Minha imaginação ganhou "asas" com as leituras que fiz.
    Tive poucos amigos na infância. Mas nunca me senti sozinha. Os livros preenchiam meu tempo. Eram excelentes companhias. Capazes de tornar um dia, aparentemente monótono e sem diversão, em algo tão bom quanto cheirinho de café recém-passado. 
    A vida de uma criança que lê é muito mais alegre... Sobram amigos... Sonhos... Cores... Sabores. Com tanta tecnologia disponível, entretanto, está cada vez mais difícil fazer com que os pequenos se interessem pela leitura. Cabe aos pais - e também aos professores - a tarefa de tornar os livros interessantes. Quanto mais cedo a criança tiver contato com livros mais chances terá de se tornar um leitor.
    E hoje, 18 de abril (Dia Nacional do Livro Infantil), gostaria de prestar reverência a todos que dedicam - ou dedicaram - suas vidas para escrever livros infantis. Criar histórias para crianças requer, além de imaginação fértil, bom coração.
    Para finalizar transcrevo um trecho de uma obra que fez parte da minha infância - Cinderela (adaptada de um conto de Irmãos Grimm):
    "(...) O príncipe, desolado por não saber o nome da moça com quem havia dançado, pegou o sapatinho. No dia seguinte ordenou aos criados do palácio que procurassem, por todo o reino, a dona daquele pequeno e delicado sapato de cristal.
    Os criados foram percorrendo as casas do reino e experimentando o sapato em todas as jovens que encontravam pelo caminho.
    Quando chegaram a casa de Cinderela a madrasta somente chamou suas duas filhas. Mas, por mais que as moças se esforçassem o sapatinho não servia.
    Foi então que Cinderela surgiu na sala. E um dos criados, apesar das negativas da madrasta, insistiu em colocar-lhe o sapato. Para a surpresa de todos o sapato serviu sem dificuldade. A madrasta e suas duas filhas não queriam acreditar no que estava acontecendo.
    O príncipe, assim que soube que sua amada havia sido descoberta, foi buscá-la. Montado em seu cavalo branco levou Cinderela para o castelo e a apresentou para o rei e para a rainha. Poucos dias depois Cinderela e o príncipe se casaram e viveram felizes para sempre." (Autora: Aline Brandt - Todos os direitos reservados/Lei dos Direitos Autorais N° 9610/98)

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